O volume de vendas no varejo caiu 0,2% em dezembro de 2013, na comparação com um mês antes, já descontados os efeitos sazonais. Foi o primeiro resultado negativo após nove meses seguidos de alta, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com dezembro de 2012, o varejo apresentou alta de 4%.

Em 2013 como um todo, houve crescimento de 4,3%, o resultado menor em dez anos – em 2003, as vendas varejistas caíram 3,7%.

As 19 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data esperavam, em média, aumento de 0,3% nas vendas no mês em dezembro e elevação de 4,4% no ano passado completo.

Com relação à receita nominal do varejo, houve elevação de 0,5% no último mês de 2013, depois de incremento de 1,1% em novembro. Na comparação com dezembro de 2012, o aumento foi de 10,7%. Em 2013, a receita nominal cresceu 11,9%.

No caso do varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas diminuiu 1,5% entre novembro e dezembro de 2013 e fechou o ano com alta de 3,6%. Ante o mês final de 2012, as vendas aumentaram 2,9%.

Por sua vez, a receita nominal do varejo ampliado caiu 1% em dezembro, após alta 1,6% em novembro, mas teve expansão de 8,7% ante o último mês de 2012. Em 2013 fechado, a alta foi de 8,9%.

Entre novembro e dezembro de 2013, das dez atividades que compõem o comércio varejista ampliado, seis apresentaram variações negativas, como Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,6%), Móveis e eletrodomésticos (-3,5%) e Veículos, motos, partes e peças (-3,4%). Na ponta positiva, apareceram, por exemplo, Tecidos vestuário e calçados (0,7%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,5%).

Olhando para 2013, dois dos maiores setores do varejo ampliado – hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e veículos e motos, partes e peças – tiveram no ano passado o pior resultado desde 2003.

As vendas de veículos e motos, partes e peças subiram 1,4% em 201, o resultado mais baixo em dez anos. O setor teve, durante 2013, redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Já o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve alta de 1,9%, o menor desempenho desde 2003, quando caiu 4,5%.

(Diogo Martins | Valor)