As vendas reais dos supermercados no Brasil subiram 7,33% em junho sobre igual período de 2012, informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Segundo a entidade, porém, houve recuo de 2,71% em relação a maio. Já no acumulado do primeiro semestre, o crescimento foi de 2,99% na comparação anual.

Segundo o gerente de economia da Abras, Flávio Tayra, o forte avanço sobre junho de 2012 pode ser atribuído à ocorrência de cinco finais de semana no mês neste ano. “Sábado e domingo são os dias de maiores vendas para o setor”, disse.

De acordo com o vice-presidente da Abras, João Sanzovo Neto, as manifestações de junho tiveram um impacto marginal nos resultados.

“O consumo nos supermercados chega a ser adiado em um ou dois dias, mas não deixa de ser feito”, afirmou.

Para o ano, a Abras também informou que mantém a perspectiva de crescimento em 3,5%.

“Ainda estamos otimistas com o nosso setor, apesar da deterioração dos sinais macroeconômicos, até porque nossa previsão foi bastante pé no chão”, disse Sanzovo Neto.

Em termos de volume vendido, houve retração de 1,6% no semestre, conforme apontam dados da Nielsen também apresentados nesta quarta-feira.

Com peso mais importante no índice, somando 18,7% de representatividade, as categorias de cerveja e refrigerantes mostraram queda no volume de 5,2% e 4,2%, respectivamente.

“São categorias que tiveram reajuste de preço, num cenário de consumo mais comedido”, afirmou Fábio Gomes, gerente de atendimento da Nielsen, acrescentando que a indústria da cerveja diminuiu o investimento em embalagens promocionais, que impulsionaram o crescimento da categoria há dois anos.

Segundo a associação, o preço da cesta de 35 produtos de largo consumo subiu 12,61% em junho, em relação ao mesmo período de 2012, mas caiu 0,56% sobre o mês anterior, a R$ 360,57.

Contribuíram para o resultado de junho, na comparação com o mês anterior, a alta do 4,6% do leite longa vida, de 3,58% do biscoito maizena, de 2,73% do queijo prato. Os itens que mais caíram, por outro lado, foram tomate (-6,25%), carne dianteira (-4,59%) e frango congelado (-4,07%).

Fonte: Globo.com