O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse há pouco que a balança comercial registra reação, após o primeiro resultado positivo do ano, em março.

Com a expectativa de uma melhora a partir de abril, o governo trabalha para repetir o saldo comercial de 2012, de US$ 19,4 bilhões, afirmou.

Apesar de admitir a situação internacional desfavorável e a reação das commodities mais lenta do que esperado, o ministro diz que “não tem nada que nos preocupe muito”.

“A balança está reagindo, março já foi um pouco melhor. Esperamos que a partir de agora melhore mais ainda. Vamos trabalhar para repetir o saldo do ano passado. Mas não sabemos se é possível porque a situação internacional não está boa, a reação das commodities está mais lenta do que esperávamos”, afirmou o ministro ao deixar uma reunião no Ministério da Justiça.

No primeiro trimestre do ano, a balança comercial acumulou déficit de US$ 5,1 bilhões. O ruim desempenho do comércio exterior brasileiro no começo de 2013 levou economistas a prever um saldo comercial abaixo dos US$ 10 bilhões para o ano. Em março, o Banco Central reduziu de US$ 17 bilhões para US$ 15 bilhões a projeção para o superávit comercial em 2013.

O ministro enfatizou que o governo não trabalha com meta de superávit, ao ser questionado sobre projeções para a balança feitas pelo Banco Central e técnicos do Ministério da Fazenda.

“A gente trabalha com meta de exportação. Mas mesmo isso hoje é muito imprevisível. O que posso dizer é que teremos saldo positivo na balança comercial esse ano com toda certeza”, afirmou.

Inflação

Questionado sobre eventual reação de empresários ao comentário da presidente Dilma feito na África do Sul na última semana sobre inflação – que gerou polêmica, o ministro desconversou.

“Esse assunto está superado. Quem fala sobre esse tema é o presidente do Banco Central e o ministro da Fazenda. Meu assunto é indústria, que está tendo um bom desempenho”, afirmou.

Na ocasião, a presidente disse que o combate à inflação com medidas de desaquecimento econômico é uma “política superada”, um “receituário que quer matar o doente”. Ao responder a uma pergunta sobre pressões inflacionárias do Valor PRO, o serviço em tempo real do Valor, a presidente disse: “Não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico”.

Fonte: Uol Notícias