Pelo oitavo mês consecutivo, os pequenos negócios foram os responsáveis pela geração do maior número de empregos no país. Em agosto deste ano, as micro e pequenas empresas registraram saldo de 70,8 mil vagas, o que representou 64% do total dos postos preenchidos no país com carteira assinada. As médias e grandes empresas, por sua vez, geraram 39,2 mil empregos. Com o acumulado nestes oito meses do ano, que é de 475,6 mil empregos gerados, os pequenos negócios devem fechar 2018 com um saldo entre 550 mil e 600 mil empregos, o maior dos últimos três anos. Os números de agosto equivalem a mais que o dobro do registrado em julho. Em comparação com agosto do ano passado, o saldo é quase 50% maior.
“O resultado do Caged só confirma, mês a mês, o que dizemos todos os dias. A micro e pequena empresa é grande mola propulsora da economia brasileira. E isso só reforça a importância do Simples Nacional para apoiar esses empresários a enfrentarem a crise e continuarem inovando e gerando empregos”, analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Segundo a pesquisa feita pelo Sebrae, com informações do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mais uma vez as micro e pequenas empresas do setor de Serviços puxaram a geração de vagas; foram 44,2 mil postos de trabalho em agosto deste ano. As corporações deste setor que atuam no ramo imobiliário foram o destaque, com a criação de 15,2 mil vagas e no de Ensino, 10,7 mil postos. O Comércio criou 15,4 mil empregos e a Construção Civil, 12,5 mil. Os pequenos negócios do estado de São Paulo lideraram a geração de empregos em agosto de 2018, com a criação de 24,1 mil postos de trabalho. Com isso, a região Sudeste foi a que mais empregou em agosto, respondendo pela criação de 26,7 mil empregos, apesar dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo terem registrado saldos negativos. O Nordeste, com 15,4 mil vagas preenchidas, ficou na segunda colocação.
No acumulado deste ano até agosto, as micro e pequenas empresas do setor de Serviços lideram o ranking dos empregos no país, com a criação de 286,2 mil novos postos de trabalho, 60% do total de vagas geradas nesse período. A Construção Civil também tem se destacado com a admissão de 80 mil pessoas, nos oito primeiros meses de 2018.